Já muita gente deve ter escrito sobre esta palavra, mas ontem à noite a palavra não me saía da mente, não pela palavra em si mas sim pelo que a palavra pode provocar.
A palavra leva à curiosidade e se muito pensamos numa palavra ao passamos para os imensos significados possíveis ou mesmo para o que a palavra fisicamente representa.
Neste caso é bem diferente pois esta palavra fisicamente nada representa mas acaba por significar imenso, ao mesmo tempo, para os nossos sentidos.
O blog não passa de uma ideia, ou um conjunto de ideias, que saídas da mente de alguém entram no espaço virtual para que toda e qualquer pessoa possa ler, assim mais ou menos como uma feira da ladra, as pessoas colocam numa banca, neste caso uma banca virtual, o que teem, e “os clientes” vão passando.
Depois existem diversos tipos de reacções ao se ver um blog, tal e qual como pode acontecer numa feira:
Podemos olhar rapidamente para o que está exposto e em segundos pensarmos que não interessa de maneira nenhuma.
Podemos olhar com mais atenção para um artigo exposto, neste caso um post, e observar com atenção, até analisar.
Podemos também depois de ver um dos artigos expostos ter a vontade de ver o resto dos artigos que se encontram na banca.
E esta foi a primeira visita a uma das bancas que se encontra nesta feira da ladra virtual.
Mas para que a feira mantenha o seu movimento teem que existir trocas, bancas que abrem e bancas que fecham, mas como estamos num mundo diferente e virtual tem que existir uma moeda de troca que faça com que as bancas se mantenham em funcionamento.
E para uma banca se manter em funcionamento existe um factor fundamental, que é a vontade de quem está atrás da banca querer mostrar o que tem, quer seja através de muitos floreados e enfeites, quer seja através do valor simples do conjunto de palavras que escreve. Esta é a postura de quem dia após dia coloca à mostra de todos o que quer partilhar.
Mas o “cliente” que pode ser habitual ou ocasional também tem duas posturas completamente distintas, ou se dedica a apenas ver o artigo exposto pelo prazer de o ver, ou então é tocado por algo expresso no artigo e sente a necessidade de complementar dando valor acrescentado a algo que já tem um valor intrínseco enorme para quem apreciou.
É por estas razões que eu gosto de passear nesta feira onde se fazem descobertas e também após umas férias sabáticas a razão pela qual resolvi manter a minha banca aberta para que através destas palavras que são lançadas ao éter exista quem tenha o prazer de as desfrutar.
Estou de volta a este espaço de palavras escritas.
Palavras que são escritas ao sabor das ondas do que penso e sinto.
E voltei na continuação do que escrevi quando parti.
Porque sou dono pleno do meu tempo e do meu sentir.
Dono do meu tempo porque no tempo que é só meu faço o que realmente desejo sem precisar de me preocupar com o que quer que alguém possa pensar relativamente ao que eu estou a fazer.
No tempo que é mesmo eu posso ser o que eu quiser, posso estar quieto, posso passear, posso ouvir musica, posso ler, posso dormir, posso fazer loucuras, posso fazer tudo o que eu desejo.
Dono do meu sentir porque sei o que sinto não preciso de reflectir para interpretar um sentimento meu, o meu sentir sai de mim de um modo natural e não é visto por mim depois de sair como já em tempos aconteceu.
Mas o parar foi bom também.
Não se pode escrever com um sentido de obrigação.
A escrita tem que fluir naturalmente ao sabor do sentir e da vontade.
Por isso mesmo aqui estou para escrever sempre que os dedos tenham ordem de tocar nas teclas.
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