Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2007

Companhia e Solidão

É bastante curioso o que por vezes acontece
Podemos estar rodeados de pessoas e estarmos a sentir solidão
Ouvem-se vozes, conversa-se dialoga-se e ao mesmo tempo sentimos que estamos sozinhos
Mas é um sozinho de não se estar com quem se deseja
Uma vontade de nos sentirmos complementados o sabermos como poderemos estar complementados mas não o conseguirmos fazer
É assim que estamos acompanhados e sozinhos ao mesmo tempo
Podemos até estar a conversar a resolver assuntos, a trabalhar e estar tudo a correr como desejamos, mas se paramos um pouco para pensar apenas em nós sentimos que estamos sós.
Não um só por opção ou abandono de quem nós desejamos que nos rodeie mas um só por não estarmos com quem desejamos.
Quando isto escrevi estava só rodeado por muita gente
Acontece quando se sente mais a falta

Quarta-feira, 5 de Dezembro de 2007

Natal Prendas e Afins

Por estarmos nesta época este é um tema interessante e curioso Tenho uma maneira de pensar que acaba por sair um pouco fora do espírito que se vive nesta época. Mas começando pelo Natal, tradicionalmente o Natal seria uma festa essencialmente religiosa de culto e fé, mas ao longo do tempo foi derivando um pouco, actualmente é uma festa associada à reunião das chamadas famílias como núcleo aglutinador, época dedicada à solidariedade publicitada bem como ao comércio compulsivo. Começando pela família A família é algo que se tem e não se escolhe, dado a que não estou a falar da parte do casamento para quem for casado, pois isso em alguma parte do tempo implicou uma escolha. Por tradição mesmo que os elementos da família tenham andado todo o ano de candeias ás avessas no Natal teem que afivelar um sorriso dar palmadinhas nas costas e trocar os tradicionais presentes mesmo que seja uma treta comprada na loja do chinês. O que me leva a passar para as prendas. As prendas na minha opinião nunca deveriam ser dadas por obrigação nas datas em que o sistema convencionou que acabam por ser impostas pelo comercio pela publicidade e pelas convenções. Porque carga de água é que um par de namorados tem que dar uma prenda no dia dos namorados? Será que só nesse dia é que podem expressar com um objecto o que sentem um pelo outro ou será que são obrigados a expressar para evitar um amuo da outra parte? Convenções apenas impostas pela sociedade para as quais a maior parte das pessoas não capazes de alterar e de viverem a vida como realmente sentem, acaba por ser um espírito de carneirada nada mais pois o oferecer deve ser apenas o reflexo de um sentimento que é completamente independente da data em que se possa estar. Mas continuando Temos também a chamada solidariedade A solidariedade atinge o pico no Natal parece que só nesta altura é que existem coitadinhos, nesta época toda a gente quer ajudar alguém mas esquecem-se que quem precisa de ajuda precisa dela todo o ano e que o que proporcionam no Natal nunca chega para um ano inteiro, por isso eu considero que todas essas campanhas centradas no Natal são apenas hipócritas quase uma forma de mostrar que existe quem se preocupe e que fez a sua obrigação mas que essa obrigação só é mesmo válida no Natal. Existem também as prendas de obrigação nesta época, aquelas que são dadas a pessoas que supostamente podem fazer favores ou prestar serviços, aquelas que são dadas como quase retribuição pois quem as dá pensa que se não der vai ser prejudicado ao longo de um ano de trabalho ou que os filhos na escola vão ser tratados de um modo diferente na escola onde estão. Esta época não passa de uma maquinação que foi sendo avolumada pelo tempo com a pressão da religião e dos poderes comerciais. Pessoalmente é uma época que eu gostaria de passar numa ilha deserta com quem eu pudesse escolher sem troca de prendas mas apenas com trocas de sentimentos nada mais. Os afins que devem ter ficado esquecidos ficarão para outra altura.

Brincar

Brincar é uma palavra que pode ser aplicada em imensas situações
Podemos brincar com as palavras podemos brincar com as pessoas sei lá podemos brincar com imensas coisas.
Existe uma coisa com que eu adoro brincar
Adoro mesmo brincar com as palavras
Jogar com os significados
Dar a ideia do que pode ser mas que acaba por não ser
Encaminhar a maneira de pensar para um lado e concluir de um modo diferente
As palavras não serão mais que uma ferramenta de comunicação
Mas podem ser sempre moldadas de acordo com o que se deseja
Também o existirem diversos significados para cada palavra ajuda imenso à brincadeira
Existem imensas frases feitas ou usadas por diversas pessoas que expressam bem o que acabei de dizer e não resisto a transcrever uma que não me sai da memória:
“Tenho uma vontade enorme de cobrir…
o corpo com uma manta e dormir uma bela sesta”
Este é um exemplo do brincar com as palavras
Por vezes quando se escreve a brincadeira sai naturalmente
E acaba por sair de uma forma bem mais natural em conversas dando as respostas que fazem com que se altere o rumo da conversa de um modo bem natural
O encaminhar alguém para dizer o que desejamos sem que essa pessoa se dê conta
Acaba por ser um exercício interessante é quase uma manipulação involuntária
Um aproveitar de palavras que são ditas que são levadas para onde desejamos
Se existem então duas pessoas com essa tendência a conversa então é bem mais que interessante acaba por ser quase um jogo de xadrez verbal dizendo-se uma coisa agora mas estando a pensar quatro frases à frente e isso faz com que se acabe uma conversa cansado mas com uma leveza de espírito enorme
Gosto de conversar gosto de comunicar e adoro brincar
E parafraseando a patroa do Ambrósio…
Apetece-me algo…. (o que será?)
Terça-feira, 4 de Dezembro de 2007

Nevoeiro de novo

Curiosamente o nevoeiro sempre foi um tema que me inspirou, já em tempos foi tema para um texto que aqui deixei.
 
O nevoeiro a mim puxa-me sempre para o sonho bem como para as imagens de Lewis Carrol na Alice o passar para o outro lado do espelho.
 
O tudo aparecer difuso sem se ver bem à distancia faz com que se possa imaginar o que se desejar que possa estar onde não se vê e ao irmos caminhando é como se o nosso sonho ou o nosso desejo esteja ao virar da esquina.
 
O passar para o outro lado do espelho sempre me fascinou, faz parte do entrar num imaginário completamente criado por quem pensa em que tudo corre e acontece de acordo com os nossos desejos.
 
Seria bom podermos passar umas férias todos os anos nesse local pois sinto que isso faria com que as nossas energias subissem a um ponto máximo, mas por outro lado poderia provocar uma enorme nostalgia quando o sonho acabasse e tivéssemos que voltar à realidade.
 
E o falar nisto acaba por fazer vir à mente a ideia que nunca estamos satisfeitos com o que temos pois existe sempre algo que queremos mudar, mas isso é algo que temos que ver com um espírito positivo e não negativo.
 
E espírito positivo porque?
Porque se queremos mudar é sinal que sabemos o que está mal e como o por bem e também que temos a força e a vontade para mudar e fazer com que as coisas fiquem mais de acordo connosco e com o que desejamos.
 
Por isso para mim o nevoeiro é bem positivo
 

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